domingo, 28 de novembro de 2010

Triste



Dia bonito céu azul, nuvens brancas
E eu triste remoendo velhas lembranças
Lembranças de dias alegres, felizes
Antes que todos se tornassem juízes
Julgar é fácil quando a isso estamos propensos 
Difícil é conviver com problemas imensos
Sinto muita falta de minha mãe coragem
Que mesmo nos momentos difíceis dizia ser tudo bobagem
Com ela podia sempre contar
Sem medo até de errar
Mesmo quando brigávamos
Nunca nos separávamos
Hoje vejo que por bem pouco quase me abandonaram
Sei que nada fiz para ser excluída
Só peço que voltem a fazer parte de minha vida
Dilla Ribeiro

Minha Filha Luana


Tentei te dar amor, só te transmiti dor
Tentei te dar carinho, só te deixei sozinha
Tentei ser sua amiga, só consegui brigas
Tentei ser sua luz, só aumentei sua cruz
Tentei te orientar, você só pedia para eu me calar
Tentei te mostrar o que é a vida, você só precisava ser querida
Tentei te mostrar a estrada, não percebi que você só precisava se sentir amada
Tentei enxugar seu pranto, você só queria ficar sossegada no seu canto
Tentei te aproximar de Deus, você sempre dizendo que não era problema meu
Conclui então que não sou boa mãe
Nada fiz para te orientar
Pois de uma hora para outra, quer desistir de tudo e me deixar
Dilla Ribeiro

Amigo Virtual


Jamais fomos apresentados, mas te conheço o bastante;
Nunca estivemos frente a frente, veja você que situação intrigante;
Você, distante, e ao mesmo tempo tão perto;
Despertou em mim um sentimento certo;
Pois sem ao menos saber quem sou, pelos meus sonhos se interessou;
Vive dizendo ser um ilustre desconhecido;
Mas na verdade...
Meu ilustre amigo...
Dilla Ribeiro

Chatt!!



Local de encontros, bate papo informal, muita gente bonita, culta...
Outros nem tanto..., mas cada um com muito medo de ser rejeitado, se dar mal...;
Uns chegam tímidos, outros alegres bem humorados, em sua maioria... solitários, carentes até;
Quietinho, você observa o movimento, espera ser notado, um simples olá, pode salvar seu dia, a falta dele te deixa triste, cabisbaixo, quer ir embora...
Resolve esperar só um pouquinho mais, tem algo de mágico nesse lugar, você fica, espera...acontece...oi, ta ocupado?
O coração dispara...
Você se sente especial;
Imbuído desse sentimento único, você fica horas, fala sobre o tempo, joga truco, sua vida, suas preferências enfim, qualquer assunto é válido;
A maioria, acredito eu, fala a verdade, se mostra por inteiro;
Porém, não existem regras pré-estabelecidas, a música, você escolhe, a bebida, tem sempre a sua preferida, afinal ali você é especial;
Todos querem mimar e ser mimados, quando alguém se desentende, os demais interferem para que a paz e harmonia prevaleçam.
Que lugar é esse afinal?
É um lugar  único, pois é onde sou aceito, independente de minha aparência, da roupa que uso, de minha conta bancaria, posição social, se sou do Sul, Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste ou de outro País;
Se sou gordo, magro, alto, baixo;
Enfim, não importa o que conta mesmo, é que temos esse lugar especial, para nossos encontros...
Dilla Ribeiro

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ana Luiza

Linda, trigueira, olhos claros, sorriso aberto;
Você chegou, para meu coração se tornar completo;
Você é luz, alegria;
Sem você, parte de minha vida era vazia;
Chegou linda, tomou conta de minha vida;
Hoje já é uma mocinha;
No meu coração de mãe, será sempre menininha;
Antes de você chegar;
Tinha a Luana para amar;
Você chegou, minha felicidade duplicou;
Antes tinha uma princesa para me alegrar;
Você chegou, para nossa felicidade completar;
Dizem que não sei te negar nada;
Não é bem assim, você tudo conquista com seu jeitinho de menina levada;
E esse seu jeito alegre de ser;
Faz com que aqueles que a rodeiam, amem você;
Você é a estrela que faltava em minha vida;
Minha filha, Ana Luiza.
Dilla Ribeiro

Meu Pai


 
Lindo, charmoso, irreverente e até mesmo inconseqüente.
Um dia, pai amigo, alegre, contente,
Jogando baralho, dançando ou brincando com a gente.
Em outros, compenetrado, sisudo, ausente.
Às vezes me sentia amada, querida.
Outras, ignorada, desprezada.
Mas, se aqueles lindos olhos azuis, se voltavam pra mim.
O tempo parava, nada mais importava.
Em minha cabeça de filha criança, a certeza, ele me amava.
Um dia partiu, deixando um imenso e doloroso vazio.
Meus olhos choraram, minha alma sangrou.
Pos nesse dia,
Deus o levou.

Minha Mãe

 
Mulher corajosa, mulher bondosa.
Trabalhadora, talvez por isso, nem sempre carinhosa.
Forte, inteligente, porém no fundo, uma mulher carente.
Sempre rodeada de amigos, mas muito só.
Mulher de fibra, destemida.
Não sabia dizer "Eu te amo".
Mas demonstrava, e como!
Pelos filhos, foi muito amada.
Pelos demais, respeitada.
A vida a maltratou.
A doença, essa a destruiu.
Só a morte, a serenou.
Dilla Ribeiro

Tenho Medo

Não quero me aproximar muito;
Nem quero que se aproxime de mim;
Não quero sofrer, quando tudo tiver um fim;
Esnobe, não, covarde talvez;
Por não me deixar levar, por tamanha estupidez;
Não posso, nem quero me deixar envolver;
Tenho medo de sofrer;
Procuro sempre ser transparente;
Se feliz, reajo contente;
Fecho-me quando sofro;
Quando o coração quer chorar, a razão diz:
Não posso;
Pois não posso permitir;
Que saibam que sofro por ti;
Magoou-me facilmente;
Talvez por ter um coração carente;
Use-me;
Só não abuse;
Tenho o péssimo costume de me doar;
E freqüentemente, só consigo me magoar!!!
Dilla ribeiro

domingo, 21 de novembro de 2010

O que Amo em Voce


“Eu amo muitas coisas em você, o seu sorriso, seja qual for a causa,  seu olhar, mesmo quando voltado pra outros,  seu coração, que teima em se fechar, mas quando se abre...., sua alma, que faz a minha querer viajar com você.
O seu sorriso tem algo de especial, mesmo quando forçado tem a capacidade de me fazer sorrir, quando você é feliz eu também sou! Seu sorriso envolve minha alma e aquece meu coração tal qual um cobertor aquece o corpo em noites frias...
O seu olhar! Ah, o seu olhar! Quando voltado pra mim, me faz delirar de alegria, pois seu olhar é o remédio que cura todos os meus males, é o combustível que impulsiona meu coração, sinto que sem esse olhar não consigo mais viver!
Seu coração é lindo, mesmo sendo tão fechado, deixa escapar um pouco da luz que carrega, luz essa que envolve não só a mim mas a todos que se aproximam de você. 
Tem a capacidade de despertar em mim a certeza de que mesmo com seus tropeços a vida vale a pena.
Sobre sua alma, não sei o que dizer, talvez nem minha alma saiba, pois está tão intrinsecamente ligada à sua que não sei mais definir se são duas ou uma só.
Este é o mistério do meu amor! O segredo que minha alma descobriu na sua que faz com que ame tantas coisas em você, na verdade, quase tudo...”

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para Voce

Acordei com vontade de brincar de ciranda;
Correr na chuva, chupar manga;
Sair do corpo, virar vulto;
Virar do avesso, esquecer o preço por ser adulto;
Quero seu abraço, quero ser nós;
Andar no seu compasso, ficar a sós;
Sentir seu corpo me sufocando;
E ser feliz, só te amando;
Um mundo novo, só pra nós dois;
 Preocupações...
Deixe pra depois;
Fique a meu lado;
O amanhecer não tardará;
Ouve estes sinos...
Vamos voar...
Dilla Ribeiro

Menino sem Lar

Menino!
 Aonde vai com tanta pressa;
Pra escola, parque ou é ao lar que regressa;
Nada disso, vou me encontrar com amigos, brincar, pular fazer uma festa;
Ah! Sei vai jogar bola;
Ou será festa na escola;
Não estudo, vendo balas;
Minha escola é a rua;
Meu lar...
Um banco de praça:
Não me atrase, tô com pressa;
Vou a uma casa bacana;
Ver se descolo alguma comida de graça;
Ou quem sabe, até mesmo alguma grana...

 Dilla Ribeiro

Mar



Ah!
Esse mar maravilhoso, tão lindo e majestoso;
Nos convida a mergulhar, nos afogar de tanto  gozo;
A lua tão fria, a iluminar tão louca e agradável agonia;
Água tão linda de se ver,  me convidando a mergulhar;
No mar de você;
Água ruim de se beber, fácil de amar;
Preciso amar e  me embriagar...
No mar de você;
Quero me refrescar  sentir você, e me entregar...
Ao mar de você;
Ondas que vão, ondas que vem;
Só vejo o mar, a lua, você e mais ninguém;
Ah! Esse mar tão claro;
Único cúmplice, de meu regalo;
A lua prateada, me faz pensar que sou amada,
 Ah! Mar amigo, no seu vai e vem, parece dizer:
O amor é lindo, aproveite agora, e deixe que ele mergulhe...
No mar de você...

A Lua



Nuvens se fecham, vento sopra, tudo por ela;
Ergue-se no céu, a Lua, sinistra e bela;
Anunciando mais uma noite, onde ela manda;
Depois de descansar o dia inteiro;
Diz aos amantes:
Matei o Sol, o Verdadeiro;
Com um brilho intenso, se mostra bela;
Hipnotizando todas as mentes;
Mas mesmo assim, não se revela;
Noite escura, vento uivando;
Ela vem vindo, me hipnotizando
Dilla Ribeiro

Sem Você!



Sem você estou sozinha no deserto;
Não sei quem sou, meus caminhos são incertos;
Talvez seja um pássaro que tenta voar;
Sem seus braços, não consigo decolar;
Longe de você, vivo a tropeçar;
Deprimida e abandonada, outros braços procurei;
Percebendo assim, que sem você, nada serei;
Você diz não ter culpa do que aconteceu;
E que minhas neuroses, são problema meu.
Dilla Ribeiro

Natal!!!


Época de festas;
Reuniões de família;
O comércio é uma grande alegria;
Todos compram presentes;
Uns bem caros, outros apenas uma lembrança;
Mas o objetivo é um só;
Demonstrar carinho, amizade, amor;
Fico muito triste quando alguém me diz:
 "Feliz Natal";
Pois percebo ser apenas um hábito;
Poucos sabem e vivem o verdadeiro significado da palavra Natal;
Natal quer dizer nascimento;
Para nós, Cristãos, nascimento do maior de todos;
E quem merece ser presenteado, não é você ou eu;
JESUS CRISTO, deve ser o grande homenageado neste e em todos os Natais.
Dilla Ribeiro

Destino



Nasceu, cresceu, e até certo tempo viveu normalmente;
Teve uma infância invejada por muitos, grandes carinhos, estudos, centro das atenções, enfim, uma infância invejável;
E ele cresceu...
Cresceu, e ao pé da letra se tornou um homem feito;
Ainda jovem cheio de aspirações, desejos de conquistas, sonhos e uma grande vontade de ver a vida de outra forma, diferente daquela que lhe ensinaram;
Queria mesmo era conhecer o outro lado da vida;
E, como muitos, saiu...
Deixou tudo, trabalho, casa, família, estudos, amigos...
E como um cavaleiro solitário, saiu à procura, não se sabe de que;
Andou, andou, conheceu pessoas de todos os tipos, crenças, níveis sociais e principalmente, pensamentos;
Viveu com todos e de tudo fez um pouco;
Sem saber que estava se distanciando de todos aqueles que o amavam;
Na verdade, achava que se afastaram dele, por preconceito;
Quando descobriu que o outro lado, era feio e sinistro, quis voltar, não conseguiu;;
Justo ele, que tinha tudo, agora não tinha nada...
Lar, família, amigos e etc;
Todos o haviam abandonado, pensou ele;
Logo ele que, que já havia, tão jovem, feito de tudo...
Foi feliz, amado, invejado, sofreu, chorou, gritou...
Mas não conseguiu voltar;
Ele batalhou, sofreu, sorriu, chorou, procurou e encontrou...
E novamente ele saiu...
Mas, saiu contente, tinha encontrado o seu verdadeiro
"Eu".
Dilla Ribeiro

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Espelho

Miro no espelho;
Não gosto muito do que vejo;
Vejo rugas e cabelos brancos;
Olhos tristes e ombros caídos;
Decido mudar tudo;
Faço plástica ou pinto os cabelos;
Será que fico melhor loura ou seria vermelho;
Enquanto me decido, saio pela casa a dançar e cantar;
Viro tudo de pernas para o ar;
Canto muito mal;
Meu desespero é real;
Dispo minhas roupas e miro melhor;
Uma tranqüilidade me envolve;
Vejo-me novamente jovem....
Dilla Ribeiro

O Amor!

Existem pessoas que transmitem amor com tanta facilidade que até nos assustamos;
Isso só acontece, porque raramente o praticamos;
Amar a família é fácil, as pessoas que nos são próximas também;
O difícil é ter coragem de ir além;
Amor não é só ter os olhos brilhando, quando se fala de alguém;
Amor  é ficar triste  por não podermos ajuda-lo também;
Amar é se alegrar quando o ser amado está feliz;
É não julgar como se fosse o juiz;
Amar  é estar sempre pronto a perdoar;
É viver cada momento, é se doar;
Amor não é sinônimo de dor;
Amor é alegria, felicidade, cor;
Amor não é uma ferida;
O amor é vida.
Dilla Ribeiro

Tributo a Sadita

Nunca mais ver sua face, nunca mais ter quem me abrace.
Nunca mais ver seu sorriso, nunca mais te dar um beijo.
Nunca mais de ter por perto, pra me dizer o que é certo.
Nunca mais ouvir sua voz, falando sobre a vida ou simplesmente cantarolando a sós.
Nunca mais me sentir amada, me sentir sozinha, quase abandonada.
Nunca mais ouvir seus passos, me diz...
O que faço?
A quem vou pedir conselhos, em meus dias de desespero?
Com quem vou conversar, quando a saudade apertar?
Quem vai me dizer...
"Calma filha", tudo vai passar.
A quem vou pedir a benção na hora de dormir?
Quem vai dizer "vai com Deus minha filha", quando pro trabalho eu sair?
Diz-me mãe como vou viver sem você?
Acostumou-me mal, estava sempre ali, e eu, egoísta que sou, sem perceber.
Como não temer o futuro, se não tenho mais o meu porto seguro!!!
Estou a deriva, seguindo sem rumo.
Preciso de você pra me orientar.
Preciso que me diga como minhas metas alcançar.
Estou cansada de tanto chorar, preciso de seu colo, preciso me conformar...
Dilla Ribeiro

O que é Amor!!!

Amor é alegria ou será fantasia;
Amor é felicidade ou será excentricidade;
Amor é paz, harmonia ou será agonia;
Amor é união ou será desilusão;
Amor existe mesmo ou é pura ficção;
Amor cura ou será que satura;
Amor é um jogo ou simplesmente malogro;
Amor é doação ou será desilusão;
Amor é sol que aquece ou frio que enrijece;
Amor é água que rega ou poeira que cega;
Amor é luz que ilumina ou trevas que fascinam;
Amor é remédio que alivia ou droga que vicia;
Amor é...
Tudo!
Dilla Ribeiro

Saudade

É tarde, perdida na escuridão da noite;
Ouço um canto;
Um choro;
Um gemido;
Depois um silêncio;
Silêncio profundo, pesado, enervante; E eu, sempre só...
Só tristeza, angústia e solidão;
A saudade aperta o peito;
Saudade do que já se foi;
E, pelo que não será jamais...
Fecho os olhos, adormeço;
Sonho que encontro a paz;
No Céu azul, entre redondos flocos de algodão;
Vejo-te, sinto-te, toco-te;
Tudo em mim é ardente e dolorido, dói-me a alma...
Dói-me o coração;
Acordo...Cansada, suada;
E, perdida na distância dos tempos;
Levanto, vou até a janela;
Murmuro baixinho, para a noite escura:
Ah! Meu amor;
Como dói, essa saudade de você...
Dilla Ribeiro

Por que


Porque brigar;
Se podemos afagar;
Porque criticar;
Se podemos elogiar;
Porque gritar;
Se podemos conversar;
Porque duvidar;
Se podemos acreditar;
Porque chorar;
se podemos cantar;
Porque se entristecer;
Se para ser alegre, basta querer;
Porque reclamar;
Se podemos, calar;
porque odiar;
Se viemos ao mundo para amar!
Dilla Ribeiro